quarta-feira, 27 de julho de 2011

Final

O Homem de Terno

A felicidade não é algo que aparece do nada, felicidade não é uma palavra mágica que deixa tudo bem de repente, não se pode esperar pela felicidade se você não corre para alcança-la, a felicidade não vai aparecer de uma hora para outra, a felicidade se conquista, muitas vezes com dor, sofrimento, mas tudo isso é para mais tarde você dar valor a sua felicidade. Não é uma infância sofrida, nem um pai bêbado, não são pais autoritários, problemas na escola, trabalho ou pessoais, nada disso te impede de ter felicidade, o que te impede de ter felicidade é desistir, tudo isso são obstáculos a serem ultrapassados. Todos nós nascemos com oportunidades, todos nós nascemos com chances, cada erro e cada certo conta pontos na sua vida que aos poucos define seu futuro, não desperdice sua chance achando que não tem como mudar sua vida, pois todos tem a chance de alcançar a felicidade.

Gabriel R. Silva

terça-feira, 26 de julho de 2011

Capítulo 3

Resposta

Caroline se aproxima de mim, estou esperando sua resposta, ela parou na minha frente, não diz nada, apenas olha para mim, vou arriscar algo. Espere, ela me beijou, esse é o melhor dia da minha vida, estou no lugar onde tentei acabar com tudo e hoje esse é o lugar onde recomecei, o beijo dela é tão bom, ela acaricia meus cabelos enquanto a tomo em meus braços. Essa foi a resposta dela, um beijo longo e apaixonante. Já estamos aqui em cima do prédio a horas, apenas olhando a cidade, abraçados, como se nada mais importasse.

Morte

Muitos anos depois...

Hoje com 87 anos não tenho mais do que reclamar, minha vida, tudo deu certo, incrível foi acreditar que seria melhor se eu tivesse terminado com minha vida naquele dia do prédio. Tenho um filho na faculdade, uma esposa maravilhosa e muitas lembranças boas. Agora vejo, que não importa ter tido uma infância sofrida, que não importa ter dinheiro, ou bens materiais. Nenhum bem material me faz mais feliz do que ver o sorriso no rosto do meu filho, o que realmente importa é fazer sua felicidade. Com 87 anos deitado nessa cama ao lado de minha amada Caroline, estou pronto para partir, não tenho medo disso, irei partir feliz e sei que já chegou minha hora. Hoje me encontrarei com o homem de terno, assim como ele havia dito, que me veria novamente depois de minha morte e hoje terei a oportunidade de agradece-lo por ter me dado a chance de encontrar a felicidade.

Capítulo 3

Caroline

Meu nome é Caroline Almeida, tenho 27 anos, sou de uma família rica e sempre fui ensinada a conquistar aquilo que quero, quando pequena sempre fui a primeira da classe, ganhei prêmios e estudei muito, com 18 anos passei no vestibular, dois dias depois, meu pai faleceu. Meu pai era um homem bondoso que mesmo depois da morte de minha mãe, sempre me amou e ajudou no que precisava. Depois que meu pai morreu, herdei a empresa de meu pai e conheci um homem maravilhoso, namoramos por anos até ele me pedir em casamento, foi o dia mais feliz da minha vida, eu estaria realizando meu maior sonho, que era me casar. Eu estava tão nervosa no dia do meu casamento, estava tudo perfeito, me casaria no por do sol na fazenda de meu pai, mais onde estava meu noivo, eu não tinha visto ele o dia todo, foi quando o vi em um dos quartos da fazenda com uma mulher, ele a beijava tão apaixonadamente, fiquei olhando pela fresta da porta vendo cada sonho meu sendo despedaçado pouco a pouco, ele era o noivo perfeito e ali sua mascara caiu quando aquela mulher falou:

Case-se com essa mulher logo e pegue todo seu dinheiro!

É sempre assim, tudo gira em volta de dinheiro, naquele momento nasceu uma nova Caroline, uma Caroline que não confiava mais em ninguém, uma Caroline sem sentimentos. Depois daquela sena sai daquele lugar correndo, não apareci no casamento e não retornei nenhuma ligação do noivo, depois daquele dia nunca mais confiei em um homem.
Depois de alguns anos, meu tio morreu e herdei a maior empresa da família junto com meu primo, meu primo é até que um homem atraente, mas parece ser muito triste. Dei o sangue por essa empresa e Carlos me atraia cada vez mais, eu não podia me entregar a esse sentimento, tinha que focar no meu trabalho, parar de pensar nele, não podia entregar meu coração para mais ninguém. Eu fui muito severa com ele, tratava ele mau e sempre tentava diminui-lo, queria mante-lo afastado cada vez mais, mas estava problemas na empresa, então decidi pedir ajuda para ele em uma noite. Ficamos naquela sala sozinhos por horas, ele ficava me olhando e não parecia prestar atenção no trabalho, o que me surpreendeu, foi ele ter falado que eu tirava sua atenção, foi ali que vi que ele também me amava. Fugi dele por semanas, mas na festa da empresa ele me colocou contra parede, eu queria dar uma chance para ele, mas o medo de sofrer novamente era maior. Hoje ele tentou puxar assunto comigo, disse que iria conversar com ele depois, tentei sair mais rápido possível para não encontrar com ele, mas ele conseguiu me alcançar no estacionamento. Ele me levou para o ultimo andar do prédio, ele quer uma chance, o que devo fazer?

Capítulo 2

Amor [ Parte 2]

Esse silêncio que me tortura, por que ela não fala nada?

- Sr. Carlos, como disse não acho isso certo, é melhor você sair do taxi e voltar para festa, agradeço a carona. Disse ela com um tom agressivo.
- Por que você foge de mim? Perguntei
- Sai! Ela gritou.
- Ok. retruquei.

Terei que voltar a festa a pé para buscar meu carro. Porque ela me tratou assim? Agora só sinto essa dor em meu peito, preciso dela, só me sinto vivo ao lado dela.
Hoje é segunda feira e tem reunião, estou cansado do trabalho, vou tirar férias, talvez eu me esqueça da Caroline. Cheguei na sala de reuniões e pelo que vi cheguei mais cedo, só tem eu aqui, ela chegou, somos apenas eu e ela na sala, acho que ela não me viu ainda, esta tão focada lendo esses arquivos, vou arriscar dizer algo.

- Bom dia Sra. Caroline! Exclamei.
- Bom dia Sr. Carlos. Disse ela com frieza.
- Esta um belo dia, estou pensando em tirar férias, as vezes a empresa acaba com a gente. Tentei puxar assunto.
- Que bom. Disse ela sem tirar os olhos dos documentos.
- Sra. Caroline, por que você age assim? O que sinto por você é algo sincero, eu apenas quero que você entenda isso, só quero uma oportunidade para mostrar o que sinto por você. Disse eu.
- Depois falamos sobre isso Sr. Carlos. Ela retrucou.
- Esta bem. Eu disse.

Começou a reunião, todos prestam atenção nas ideias elaboradas e nas soluções a serem tomadas e eu, só só consigo ter minha atenção a ela. Caroline, eu vou te conquistar.
Mais um dia de trabalho terminado, odeio este estacionamento da empresa, ele me da medo, onde esta meu carro, Caroline esta ali, vou cobrar o assunto de hoje mais cedo.

- Oi Sra. Caroline, você disse que conversaríamos mais tarde e bom, agora já é mais tarde. Disse eu sorrindo.
- Sr. Carlos, não acredito nos homens, você é um homem bom, bonito e inteligente, mas não sei se isso é mais uma artimanha que vocês homens usam para conquistar uma mulher. Eu não quero me machucar novamente. Desabafou ela.
- Caroline, se não arriscarmos, como iremos saber se vai dar certo, se ficarmos fugindo dos erros, nunca vamos aprender e ainda corremos o risco de ter a oportunidade de ser feliz com alguém. Eu só te peço uma chance. Disse eu.
- Eu gosto de você Sr. Carlos, mas não sei, tenho medo de arriscar. Disse ela.
- Venha comigo. Disse eu tomando ela pela mão.

Levei ela para o ultimo andar do prédio, onde tudo terminou e recomeçou para mim, é aqui que quero ter a chance de ser feliz.

- A cidade de noite é linda vista daqui. Disse ela.
- Eu sei. Disse eu.
- Por que estamos aqui? Perguntou ela.
- Venho aqui para pensar as vezes e a um tempo atrás foi aqui que tomei uma grande decisão na minha vida. Disse eu.
- E qual foi. Perguntou ela.
- Se eu deveria continuar vivo. Respondi.

Ela esta me olhando com um olhar de espanto, ela esta se aproximando de mim.

- Caroline, me dê uma chance, sinto que só serei feliz com você! Desabafei.
- Carlos... Eu...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Capítulo 2

Amor [Parte 1]

Ela não para de falar, fica afundada nesses documentos falando, falando e falando, por que ela me chamou aqui, por que precisar de mim assim de repente, será que ela esta bolando algo contra mim? Já estou mais de 2 horas trabalhando com essa mulher, e não havia percebido antes mas ela é bonita, o jeito que ela coloca seus cabelos loiros atrás da orelha, como ela fica ajeitando o óculos toda hora. Passando essas horas com ela, consegui identificar uma mulher delicada, além daquela maquina que ela costuma ser, ela sempre centrada no trabalho com suas manias, mal consigo acompanha-la, só vejo ela no trabalho, não consigo imaginar o que ela faz fora dele, se ela tem um namorado, que lugares frequenta, parece que ela vive de trabalhar. Ela é muito delicada, usa um leve batom rosa, unhas pintadas também de rosa claro, parece ser sua cor preferida. Caroline sempre estudou nas melhores escolas, ganhou várias bolsas de estudos, o pai dela era irmão do Sr. Almeida, eles eram grandes amigos, seu pai morreu quando ela tinha 18 anos, caiu e bateu a cabeça enquanto andava a cavalo na fazenda da família. Sei pouco sobre ela mas de alguma forma, ela esta prendendo minha atenção e estou começando a perceber coisas que antes não conseguia perceber, não sei se é porque fiquei com tanta inveja que fechei meus olhos para ela, mas agora que estou vendo com clareza, ela me cativou.

- Sr. Carlos, você ouviu o que disse? Disse ela.
- Me desculpe Sra. Caroline, é que me distrai. Disse eu.
- O que tanto te distrai Sr. Carlos? Perguntou ela.
Você. Disse eu.

Essa palavra escapou de minha boca, não sabia mais o que falar, como agir, fiquei ali parado, olhando para ela enquanto ela me olhava envergonhada com um leve sorriso, foi o primeiro sorriso que vi ela dando. Droga, ficou séria de repente.

- Acho que já esta tarde Sr. Carlos, vou para minha casa. Disse ela pegando suas coisas e saindo apressada.

Agora em meu apartamento só consigo pensar nela, como fui um tolo em pensar tudo aquilo que pensei dela, nunca senti isso, não vejo a hora de vê-la.

Uma semana depois...

Estou na festa da empresa, várias pessoas importantes de toda cidade estão aqui, até o prefeito esta aqui e ela ainda não chegou, ela ficou me evitando a semana toda, não paro de pensar nela, preciso dela, sinto que ela é o motivo de eu estar vivo, não posso perde-la. Ali esta ela, linda como sempre, um belo vestido rosa, tenho quase certeza que realmente é sua cor predileta, ela vem maravilhosamente e tomando conta de toda festa com sua beleza, linda, perfeita, tenho que falar com ela, mas ela foi logo falar com outros donos de empresas, quero falar com ela sozinho, tenho que leva-la para fora da festa. Passei o festa inteira tentando uma oportunidade de falar com ela e não consegui, já falei com quase todos que estão aqui, menos com ela, eu preciso dela. Ela esta indo em bora e esta chovendo muito, ela vai pegar um taxi, vou oferecer carona.

- Caroline! Disse eu enquanto ela parava o taxi.
- Quer carona? Perguntei.
- Não, já peguei o taxi. Recusou ela.
- Bom, então vamos de taxi. Disse eu.
- Mas você tem carro, por que pegar taxi? Perguntou ela.
- Porque é a única maneira de passar um tempo com você fora do trabalho. Retruquei.
- Não acho isso certo, trabalhamos na mesma empresa e por que de tudo isso? Perguntou ela.
- Porque preciso de você. Desabafei.

Capítulo 2

Raiva

Tive que esperar o Sr. Almeida morrer para descobrir que ele me amava e ele me deixou uma grande responsabilidade. A garota parece estar chorando, mas tenta parecer forte disfarçando as lágrimas.
Uma semana depois...

Essa mulher é muito competitiva e quase não fala comigo, parece um robô, faz seu trabalho e quer tudo perfeito, igual ao Sr. Almeida. Ela parece estar tentando me passar para traz e todos a amam, todos parecem depender dela, as boas ideias sempre surgem dela, tudo gira em volta dela, que ódio, eu queria fazer tudo se tornar diferente, mas eu sou apenas mais um aqui na empresa e ela é a verdadeira líder. Todas as vezes que falo com ela, ela tenta me diminuir e o pior é que ela consegue, nas reuniões as ideias dela sempre são sempre aplaudidas e eu estou quase sendo descartado. Caroline mostra cada vez mias que também não gosta de mim, fizeram uma reunião e nem me chamaram, ela esta passando dos limites.

- Sr. Carlos o que você acha desse desfalque que esta acontecendo nessa área da empresa. Disse Caroline.

Bom, essa é minha chance de falar o que penso, ela fica me estudando com esse olhar sério.

- Sr. Carlos, estamos esperando sua resposta. Disse ela com um tom meio ameaçador.
Bom, é, na minha opinião o desfalque esta ocorrendo por causa dos gastos relacionado ao produto. Disse eu.
- Você esta errado Sr. Carlos, o produto não causou desfalque algum, creio eu que você não leu os documentos que te enviei para esta a par da situação. Disse ela com desdem.

Como eu a odeio, como ela pode dizer na frente do resto dos funcionários que estou errado, ela quer me derrubar e ficar com a empresa só para ela, é claro que eu não li os documentos que ela me enviou, quem ela pensa que é, preciso fazer algo.
A reunião de hoje foi um saco, aquela mulher não ajuda em nada também.

- Sr. Carlos, terei que ficar trabalhando até mais tarde para desenvolver algumas questões em relação a empresa, você poderia me ajudar? Perguntou Caroline.
Claro Sra. Caroline. Disse eu.

Todos os funcionários foram saíram, só resta eu e Caroline dentro dessa sala de reuniões trabalhando até mais tarde, esta tudo tão calmo, mas não aguento mais um minuto perto dessa mulher.

Oportunidade [ Capítulo 2 continuação ]

Voltei para minha casa, preciso muito descansar, foi um dia longo e amanhã irei recomeçar, fazer metas e finalmente viver minha vida. Acordei cedo novamente, vou para a empresa, o advogado do Sr. Almeida estará lá para falar sobre o testamento. Com tudo que aconteceu ontem, agora vejo, que apesar de eu ter passado tudo que passei, hoje eu tenho novas oportunidades, tenho um apartamento, uma empresa, um carro, tenho dinheiro. Observo muito as pessoas e em meio tanta observação percebi que todos de alguma forma buscam a mesma coisa, que é dinheiro e realização pessoal, hoje em dia é apenas no que as pessoas pensam, em ganhar dinheiro e talvez posso usar isso para ser feliz.
Finalmente cheguei a empresa, todos vem me cumprimentar, como sempre, tenho que começar fazer minha vida valer a pena e sair dessa rotina. Na porta do meu escritório vejo um homem e uma mulher.

- Sr. Carlos, esse é o advogado do Sr. Almeida e essa é sua prima Caroline. Disse minha secretária.
- Bom, vamos entrando... Disse eu.
- Meu nome é Roger, como sua secretária disse sou advogado de seu pai, vim falar sobre o testamento dele, onde ele apenas sita você e sua prima Caroline. Disse o advogado.
- Entendo... Disse eu.

Eu nem sei o que falar e essa garota, é muito calada, o Sr. Almeida falava muito sobre ela, ela cuida das nossas empresas pequenas, dizem que ela é muito séria e centrada no trabalho.

- Então, vamos ler o testamento. Disse o advogado.

Testamento
Sempre fui um homem movido pelo meu trabalho, posso dizer que meu trabalho é minha vida e quero ter certeza, que depois de morto deixei minha amada empresa nas mãos certas, é por isso que divido de igual para igual todos os meus bens e as ações de minha empresa para meu filho adotivo Carlos e minha sobrinha Caroline. Quero que os dois cuidem da minha empresa e ame minha empresa assim como eu amei, sei que ambos são capazes de fazer isso por mim, sei que sou um homem que nunca demonstrou meus sentimentos, mas quero que saiba que te amo Carlos, desdo dia em que te adotei e só te criei do jeito que te criei para lhe tornar um homem e creio que você como homem tomará a decisão certa. Caroline, seu pai foi um grande homem e um grande amigo e sei que você se tornou uma grande mulher e junto com Carlos, irá liderar minha empresa. Obrigado todos por tudo.

Sr. Almeida.

domingo, 24 de julho de 2011

Oportunidade [ Capítulo 2 ]

Não sei onde estou, só sei que acordei, estou em meu escritório e quem é esse homem na minha frente? É um homem bem vestido, terno preto, gravata preta, me olha fixamente tentando me estudar, agora me lembrei, é o mesmo homem que estava me olhando no cemitério, um leve sorriso sai daquele roto até então sério.

- Carlos, em que parte de sua vida, você tomou uma decisão que foi realmente sua? . Perguntou o homem.

- Desde pequeno você foi controlado, seu pai bêbado que te mandava limpar a casa, comprar bebidas, cigarros e mesmo depois de sua morte, no orfanato, você tinha horários e rotinas, tinha que fazer tudo que lhe era exigido e depois quando foi adotado, seu pais adotivos também lhe dava obrigações e tarefas, você nunca viveu, pois você não era dono de sua vida, mas sim os outros! Disse homem.

Esse homem fala com tanta autoridade e ele sabe tanto sobre mim, não sei o que falar, não sei o que fazer, já não sei de mais nada. Arrisquei perguntar...

- Quem é você? Eu pulei daquele prédio, isso é um sonho? O que estou fazendo aqui?

- Carlos, estou aqui para oferecer uma nova oportunidade, todos nós temos direito a ter uma nova chance. Sei que sua vida foi sofrida, mas você nunca tentou muda-la, depois que eu sair por essa porta, você tomara sua decisão, se quer uma nova oportunidade ou se quer apenas morrer, depois que eu sair por quela porta nos encontraremos apenas uma vez e sera depois da sua morte, até logo Carlos e lembre-se, não exija uma vida perfeita se você não tenta nada para muda-la.

O que é isso? Estou novamente na ponta do prédio, um momento antes de eu ter pulado, o que será que devo fazer? Todas aquelas coisas que o homem disse, tudo esta martelando em minha cabeça, ele tem razão, nunca me esforcei para mudar nada em minha vida, sempre fui movido pela vontade dos outros por isso não fiz metas e planos, mas tenho medo que aconteça tudo de novo, tenho medo de que eu sofra ainda mais, não sei o que devo fazer, não sei. Me vejo na mesma sena de minutos atrás, mas se tenho uma nova oportunidade, então irei aproveita-la, o peso que eu sentia em minhas costas foram em bora, se vou recomeçar, ira ser pra valer.



Capítulo 1

Morte

A chuva ainda cai e eu já me decidi, vou pular, sei que não terá ninguém para chorar por mim, isso já me tranquiliza, já tenho 23 anos e não tenho nenhuma meta, não tenho nenhum propósito. Pulei, o vento bate em meu corpo, meu coração esta batendo de pressa, fechei meus olhos, não quero ver mais nada.

1 dia antes...

Amanhã tem reunião na empresa, não aguento mais aquele lugar, pessoas querendo passar uma em cima das outras constantemente, sorrisos falsos, todos são meus amigos por eu ser filho adotivo do dono da empresa que esta doente, logo a empresa será minha e todos querem ser meus amigos, mas já sei que pelos cantos da empresa tem diversos boatos sobre mim e nunca são bons. Tento ver a vida de um modo bom e não vejo, as pessoas costumam estragar tudo aquilo que é bom, as pessoas tem uma tendencia tão grande para fazer o mal e isso me deixa cada vez mais inconformado. Cheguei na empresa, todos vem me cumprimentar com sorrisos falsos, tenho uma enorme vontade de arrancar esses sorrisos da boca deles, mas a única coisa que consigo fazer é retribuir seus comprimentos. Fico o dia todo sentado nessa mesa lendo e relendo documentos, da minha sala tenho uma vista ampla da cidade, minha secretária me comunica pelo telefone que tem um presente para mim, já ia me esquecendo, amanhã é meu aniversário, sempre esqueço, o senhor e a senhora Almeida não comemoravam, diziam que era um dia comum e que presentes eu só ganharia se eu merecesse, a Sra. Almeida morreu de câncer no dia do meu aniversário de 20 anos, foi triste, eu gostava dela e o Sr. Almeida também esta muito doente, tenho medo de que ele morra, não sei se eu conseguiria cuidar desta empresa. Bom, este é meu presente, não tem cartão e a secretaria disse que apenas deixaram em meu nome, é um urso de pelúcia, o incrível é que é o mesmo urso de pelúcia que eu abraçava depois que meu pai me batia, eu havia perdido ele depois que fui para o orfanato, tem os mesmos detalhe, o mesmo braço rasgado, sujo, do mesmo jeito que eu me lembro dele, esse urso me traz muitas lembranças. Depois de um longo dia de trabalho, chego em meu apartamento exausto e apenas quero dormir, vou acordar as 7 horas e continuar com a mesma vida rotineira e sem graça de sempre. Acordei com um telefonema as 3:47 da manhã no dia do meu aniversário, era o médico, ele disse que o Sr. Almeida morreu, grande coincidência, assim como Sra. Almeida, o Sr. Almeida morreu no dia de meu aniversário, foi um grande choque para mim. O enterro j foi marcado para amanhã de manhã, segundo o testamento do Sr. Almeida, ele queria ser enterrado ao 12:00 dia do dia seguinte de sua morte e deveria ser enterrado do lado da Sra. Almeida. Tenho que passar o resto da noite preparando o velório, vai ser um noite longa e cansativa.
É 12:00 e a vontade do Sr. Almeida foi feita, só tem eu nesse cemitério, o Sr. Almeida não tinha muitos amigos, ele era um homem ocupado e difícil de lidar, muitos o odiava, sempre sério, com respostas diretas, gostava de deixar tudo perfeito, na verdade, era um grande alívio para muita gente ele ter morrido. Eu não tinha visto antes, mas tem um homem me observando de longe, creio que ele seja um conhecido do Sr. Almeida, ou alguém que veio confirmar se ele estava realmente morto. É meu aniversário, perdi mais uma pessoa que me ajudou e ganhei uma empresa para mim, disseram para eu não trabalhar hoje, mas se eu ficar em casa não terei nada para fazer, vou para o meu escritório. Chego na empresa, todos vem me cumprimentar e fingem estar tristes, alguns perguntam se estou bem, outros olham para mim e abaixam suas cabeças, lá esta meu escritório, onde longos 6 anos fiquei trabalhando para o Sr. Almeida, onde perdi meu tempo lendo e relendo documentos, olhando a cidade pela janela me perguntando como seria além de tudo isso, como minha vida poderia ser. Disse para minha secretária que não quero ser incomodado, estou aqui pensando, por que, o por que de tudo isso, todos eles morrem, todos que ficam perto de mim morrem, talvez, minha vida não seja o problema, talvez, eu seja o problema, talvez não era para eu ter nascido e a vida de alguma forma se virou contra mim.

1 hora antes

Eu não aguento mais isso, com socos e ponta pés eu começo a destruir a sala, me desabo em lágrimas, as lágrimas que foram minhas melhores amigas durante toda minha vida. Sai da empresa, comprei uma bebida, jurei nunca beber uma gota de álcool, mas á não me importo com mais nada, voltei para empresa, agora estou no ultimo andar, bebendo sem parar, tentando encontrar uma solução para tudo, logo vejo uma oportunidade, me pergunto como seria me jogar de um prédio e logo vejo a solução, fico na ponta do prédio tentando chegar a uma decisão.

Capítulo 1

Decisão

A tristeza era minha amiga, a solidão minha vizinha e a morte é o meu único caminho. Me vejo no alto de uma das maiores empresas desta cidade e em minha mente apenas duas opções:

Continuar ou Desistir?

Neste momento estou a ponto de tomar a maior decisão de minha vida, que é justamente decidir se vou continuar com ela, muitos dizem que aqueles que se matam são covardes e eu concordo, nunca fui corajoso, sempre fugia de brigas e procurava fazer com que tudo fosse o mais fácil possível para mim, não tinha coragem de enfrentar situações que exigiam mais do que eu poderia fazer, nunca acreditei em mim mesmo. A chuva cai, parece que cada gota que cai sobre mim é mais um fardo que carrego comigo, fardo, isso me lembra a famosa frase do meu pai:

Você é um fardo para mim, você matou a sua mãe!

Minha mãe morreu durante meu parto, meu pai nunca aceitou isso, ele falava que eu parecia com minha mãe e que eu tinha roubado sua alma, meu pai era um homem supersticioso e bebia muito, bebia para tentar esquecer os problemas, ganhava pouco e com que ganhava gastava em bebida, muitas vezes a vizinha que me dava algo para comer, eu era muito pobre, e quase não ia para escola, eu tinha, melhor dizendo, eu tenho medo do meu pai, apesar dele ter morrido de cirrose quando eu tinha 14 anos, eu ainda tenho pesadelos das duras surras que eu recebia todos os dias e das ameaças. Sempre acreditei que talvez um dia tudo iria mudar e que apesar de tudo que aconteceu comigo, eu tinha um proposito para ter nascido, meu pai dizia que eu roubei a alma de minha mãe, aquilo sempre martelou em minha cabeça, se estou vivo deve ser porque ela deu a vida por mim, se estou vivo, deve ser por que ela queria algo para mim, mas hoje, hoje, não tenho mais forças para continuar. Olho para o passado e apenas lembro de minhas lagrimas, de noites em claro pensando no que fazer, de quantas vezes eu fugi, de quantas vezes eu desisti e sabe de uma coisa, não vejo porque continuar, não vejo o porque continuar algo que só me mostra cada vez mais que não vou chegar a lugar algum. Depois que meu pai morreu fui para um orfanato e logo fui adotado por um casal rico, o senhor e a senhora Almeida eram muito rigorosos, me colocaram nas melhores escolas, e faziam eu estudar o dia todo, eles diziam que me amava, mas se eu saísse do que eles queriam para mim eu era castigado severamente ficando sem comer ou tendo que escrever o dia todo. Não culpo o senhor e a senhora Almeida de nada, eles me ajudaram muito e graças a eles, quando fiz 18 anos fui trabalhar na empresa do Sr.Almeida, uma das melhores empresar da cidade, esta mesma empresa onde estou no ultimo andar de pé na ponta do prédio arriscando terminar com tudo. Nunca reclamei da minha vida, nunca comentei para alguém da minha vida, até hoje, eu só queria um motivo, algo para continuar. De pé na ponta desse prédio, apenas peço um motivo para viver.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Erro

É tão fácil errar, difícil mesmo é nos concertar, sempre encontramos desculpas e motivos para nos explicar, mas dificilmente assumimos e pedimos perdão. Esperamos sempre escapar da culpa de nossos erros através de desculpas, na qual até um certo ponto nos polpa da culpa, mas mesmo assim, nós sentimos um grande vazio em nosso peito e por dentro gritamos por perdão, mas por fora somos envolvidos por nosso orgulho e acabamos persistindo no erro. Nossos erros só nos leva a cometer mais erros e logo vira um siclo que não conseguimos sair. Sair desse siclo é o mais difícil, nos conformamos mesmo vendo que esta tudo errado, pensamos que não tem mais jeito que não existe mais perdão, convivemos normalmente com nossos amigos e familiares sem demonstrar nada de errado, mas quando entramos em nosso quarto e fechamos a porta, parece que uma ''tsunami'' de coisas cai sobre nós e então nos sentimos sozinho, sem opção. É tão ruim se sentir sozinho mesmo tendo varias pessoas ao nosso redor não é mesmo?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Somos movidos por milhares de sentimentos que aos poucos formam situações que ao desenrolar da situação constroem ou destroem outras situações. O problema de tudo isso, é não saber como acaba, pois nem sabemos como começa e o desenrolar de tudo isso, sempre nos surpreende. A vida é assim, nos move constantemente, mostrando nossos erros e nossos acertos. Alguns até dizem que a vida é cruel, mas para mim, a vida é uma grande aventura e assim como o começo, o final também é surpreendente.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Não saber o que escrever é uma das piores situações que um escritor pode passar, quando escrevo sinto que aquilo que guardo em minha mente é colocado em cada palavra, em cada letra, que ao desenrolar de cada estrofe, se torna um pouco de mim...